PESQUISAS

Ocupações Urbanas e o Direito à Moradia (2020)

Beatriz Antunes da Rosa
Sara Lopes dos Santos

A pesquisa tem como objetivo abordar as Ocupações Urbanas e o Direito à Moradia a partir dos princípios ético-políticos do Serviço Social. Para isso, daremos enfoque em duas ocupações: Fabiano de Cristo, localizada no continente, e Marielle Franco, localizada na Carvoeira. Buscaremos nos inteirar das lutas realizadas anteriormente à pandemia pela garantia da moradia e de como ocorria a luta por tais direitos, fazendo um comparativo e reflexão de como a pandemia do Novo Coronavírus afetou a população que luta por moradia digna. Essa comparação e perspectiva se dará através de pesquisa bibliográfica e de entrevistas com três olhares diferentes: de lideranças, profissionais e famílias. E como um dos principais questionamentos da nossa pesquisa, temos a reflexão: “Se moradia é um privilégio, ocupar é um direito!”

Um olhar de luta e resistência: Relatos de assistentes sociais negras da Grande Florianópolis (2020)

Ana Cecília de Araújo Teixeira
Joyce Santos

O projeto de pequisa se propõe a  dar visibilidade as vivências das assistentes sociais negras de Florianópolis, suas experiências, desafios  e pespectivas profissionais.  Por meio dessa pesquisa, a Petiana Joyce Santos, e a Petiana Ana Cecília, sob a orientação da tutora Mariana Paifer, estão se debruçando sobre a categoria Trabalho, por meio de uma análise teórica intersseccional, com ênfase, na correlação de gênero e raça. Um dos objetivos da pesquisa é fomentar o debate da questão étnico racial, dentro do campo do serviço social. Para isso, a pesquisa alinha-se com as campanhas de combate ao racismo do Conjunto CEFESS/CRESS e busca fortalecer a articulação das assistentes sociais negras de Santa Catarina, com foco na Grande Florianópolis. Essa pesquisa, para além da construção teórica, pespectiva o fortalecimento da categoria profissional e estudantil. Sabe-se que a inserção da população negra na sociedade brasileria, reflete as desigualdades estruturais do país  e seu passado escravocrata. Quando a análise de gênero é colocada nessa narrativa, o Dossiê das mulheres negras do IPEA, revela que as mulheres negras seguem na base da pirâmide social, ocupando os empregos mais precarizados e sendo alvo de diversas violências. É nesse contexto, que pretendemos ouvir as vozes negras do Serviço Social da Grande Florianópolis, e compreender como essa realidade perpassa o fazer profissional, as contradições que estão colocadas, os desafios e as estratégias de luta e resistência dentro do âmbito do Serviço Social.  No centro dessa pesquisa, colocamos o pensamento da filósofa, ativista e militante Angela Davis, que diz: “Quando uma mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se move com ela.” Nessa pesquisa, seguimos em movimento, luta e aritculação, permitindo que a voz de mulheres negras da cidade, sejam ouvidas e visibilizadas no meio acadêmico

Sistema de Garantia de Direitos: Uma Intervenção Intersetorial do Serviço Social na Educação (2020)

Claudia Burgos da Silva
Gisela Julia Moraes Willwock
Mariene Rocha da Silva

O grupo de pesquisa Sistema de Garantia de Direitos: Uma Intervenção Intersetorial do Serviço Social na Educação tem como tema central a intersetorialidade na política de educação e o trabalho do Serviço Social na prevenção à evasão escolar de crianças e adolescentes. Nosso objetivo é demonstrar a importância da atuação profissional de assistentes sociais no âmbito escolar, em conjunto com uma equipe multiprofissional, para a garantia do direito à educação de crianças e adolescentes, que transcende o simples acesso, tendo em vista, a importância da frequência, permanência e o sucesso dos mesmos na escola. Será analisado, em específico, o Programa APOIA, utilizado pelas instâncias da Unidade Básica da Educação, Conselho Tutelar e Ministério Público para o combate e prevenção do fenômeno. Para tanto, esse processo de pesquisa visará responder “Como o exercício profissional do Serviço Social pode contribuir no fortalecimento da articulação intersetorial no Sistema de Garantia de Direitos da Crianças e Adolescentes para o enfrentamento do fenômeno da evasão escolar no município de Florianópolis?”

Etnocídio contra povos originários e a questão social (2020)

Milton Felipe Pinheiro
Mislaine Ingre Goncalves

Essa pesquisa pretende compreender o processo de etnocídio contra os povos indígenas no Brasil desde a colonização e elucidar a questão social emergente desse período. A partir dos censos demográficos brasileiros, desde 1872, entender a política de transição civilizatória aplicada pelo Estado aos povos originários como forma de embranquecimento da população. Através de leituras de literaturas e documentos históricos refletir sobre o papel do Estado no processo de etnocídio, a racialização do indígena como caboclo e posteriormente pardos, buscando a compreensão sobre as vulnerabilidades sociais desse grupo social que surgem como reflexo da colonização e urbanização dos territórios.

“Mulheres, água e energia não são mercadorias”: a perspectiva feminina da violação de direitos dos atingidos pela UHE de São Roque (2018-2020)

Ana Cecília de Araújo Teixeira
Érica Fernanda dos Santos
Laíne Motter Oliveira

A pesquisa tem como objetivo abordar a questão da violação de direitos das populações atingidas por barragens, focando na população atingida pela UHE de São Roque e partindo da perspectiva que nos foi passada pelas mulheres dessa população. Para tanto, é feita uma retomada do sistema hidrelétrico brasileiro e uma análise sobre suas problemáticas, sendo ressaltada a importância do movimento social brasileiro voltado às populações atingidas, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e da sua luta tanto por direitos como por uma política de reconhecimento dessas populações atingidas. Considerando a dimensão da discussão apresentada pelo Coletivo de Mulheres Atingidas pela UHE de São Roque, pode-se dizer que os resultados aqui apresentados, referem-se apenas ao marco inicial dessa organização, que já vem demonstrando avanços significativos na localidade, tanto no referente a microestrutura local, como em face ao enfrentamento dos métodos desumanos empregados pela empresa responsável pelo empreendimento, tendo em vista que a participação das mulheres atingidas como indivíduos sociais e políticos, na luta e defesa dos territórios é desqualificada sumariamente, e que a organização coletiva demonstra importantes progressos face ao confronto e violações de direitos das populações atingidas por barragens. Acesse aqui o Relatório

Formação profissional: fatores de permanência, prolongamento e desistência dos discentes do curso de serviço social da Universidade Federal de Santa Catarina (2017-2019)

A presente pesquisa teve por finalidade conhecer o perfil e investigar os fatores que afetam a permanência das/os discentes do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), causando prolongamento e/ou desistência, bem como analisar os elementos que incidem sobre a formação profissional, considerando a conjuntura macroeconômica e política na qual a universidade pública está inserida. Do total de 515 estudantes com matrícula regular no semestre 2017.2, obtivemos 197 respostas durante o período de coleta de dados que foi realizado entre 10 de outubro a 22 de novembro de 2017. A pesquisa levantou dados dados de perfil da/o estudante, como Semestre de ingresso no curso, turno, gênero, faixa etária, naturalidade, migração para a Grande Florianópolis, deficiência; acesso à educação – escolaridade no ensino fundamental e médio, acesso a cursos pré vestibular, histórico universitário individual e familiar, política de ingresso na Universidade; Moradia – tipo de moradia, tipo de vínculo com as/os demais habitantes da morada, vínculo burocrático com o imóvel, município e região de residência, meio de transporte até a Universidade, existência ou não de descendentes e local onde estes ficam no período de aula; Vínculo com a Universidade – vínculo com a política de assistência estudantil, vínculo com programas acadêmicos com bolsas de remuneração; Condições de trabalho – emprego e vínculo empregatício, tipo de trabalho, carga horária semanal, remuneração média, responsabilidades financeiras relacionadas ao sustento da família;Relação com o Serviço Social e a UFSC – motivo de escolha pelo curso, expectativa futura relacionada ao curso, discriminação no ambiente universitário, dificuldades no processo de ensino-aprendizagem, regularidade quanto ao currículo e tempo de curso, impactos que causam o prolongamento do curso. Acesse aqui o Relatório

 

As causas e motivações discentes da permanência prolongada no curso de graduação de Serviço Social/UFSC (2016)

Este relatório pretende apresentar todo o processo de execução, desde a elaboração do projeto às conclusões obtidas através da pesquisa “As causas e motivações discentes do prolongamento no curso de graduação de Serviço Social”, realizada pelo Programa de Educação Tutorial em Serviço Social (PETSSo). Dessa forma, esta pesquisa compõe o processo formativo do grupo PETSSo, ao se constituir com o objetivo do aprendizado das ferramentas para a elaboração e execução de uma pesquisa. E, ao mesmo tempo, revela elementos sobre o alunado de Serviço Social da UFSC, bem como serve para outros estudos, permitindo a construção de políticas de equidade no que se refere à formação em graduação. Acesse aqui o Relatório